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Ethiopia

Etiópia – Berço da Humanidade

Uma verdadeira viagem no tempo, essa é a sensação de quem viaja pela Etiópia, o país mais antigo do mundo. Você terá a oportunidade única de conexão com os nossos ancestrais e conhecer o lugar onde potencialmente o homo sapiensse originou. Poucas pessoas conhecem a riqueza etíope, que vai muito além dos estereótipos de fome e pobreza.

Não há apenas relíquias arqueológicas, será uma imersão em cultura, religião, muitas lendas e também história. Conhecida como Museu dos Povos, o país representa um grande mosaico linguístico, com mais de 83 diferentes línguas, cerca de 200 dialetos, onde seus habitantes cultuam diferentes religiões e preservam costumes milenares.

Uma terra com muitos mistérios, porém com rico patrimônio cultural e muita identidade, o que a transforma em um destino fascinante com maravilhosas atrações turísticas e natureza em estado puro. Não deixe de conhecer os parques nacionais, museus, as tradições das tribos locais, as impressionantes igrejas escavadas nas rochas, castelos, os mosteiros centenários repletos de pinturas e tesouros.

A nação é ainda o coração político do continente africano. Adis Abeba é a capital etíope e significa “nova flor”, em amárico, o idioma oficial. Uma cidade cosmopolita, agradável, com traços mais modernos, possui largas avenidas de jacarandás e um dos maiores mercados a céu aberto da África.

Com uma área de 127 mil km², a Etiópia é do tamanho da França e Espanha juntas ou cinco vezes o tamanho do Reino Unido. É a maior nação sem litoral da África e a segunda mais populosa do continente, com mais de 97 milhões de habitantes.

O país está estrategicamente localizado no chifre de África. Sua proximidade com o Oriente Médio e Europa, juntamente com o seu fácil acesso aos principais portos da região, reforça seu comércio internacional. Faz fronteira com o Sudão (a oeste), Somália e Djibuti (ao leste), Eritreia (ao norte) e com o Quênia (ao sul). A Etiópia é dividia em nove estados administrativos baseados etnicamente e subdivididos em 68 zonas e duas cidades com status especial: Adis Abeba, a capital, e Dire Dawa, a segunda maior cidade.

Do norte e descendo para o centro estão as terras altas da Abissínia. A Etiópia tem um planalto central elevado com variações de altura entre 2 mil e 3 mil metros. No norte e centro do país há cerca de 25 montanhas cujos picos se elevam a mais de 4 mil metros. Com 4.620 metros, o Monte Ras Deshen é o pico mais alto do país e o quarto maior da África. O centro do país abriga a depressão Vale do Rift, que divide o planalto diagonalmente. Na região oriental, há também a Planície de Dancalia, que em sua parte inferior chega a 116 metros abaixo do nível do mar, e, finalmente, a região de Ogaden, no sudeste, formada por planaltos semi-desérticos.

A vegetação natural da Etiópia é influenciada por quatro biomas. A primeira é a savana, nas partes mais úmidas das montanhas ocidentais, que consiste em vegetação tropical montanhosa com florestas densas, exuberantes e rica vegetação rasteira. Áreas mais secas da savana, encontrada em altitudes mais baixas dos planaltos ocidentais e orientais, apresentam florestas tropicais secas misturadas com pastagem.

O segundo bioma é vegetação de montanha, que compreende pastagens mais elevadas e cobre as elevadas altitudes dos planaltos ocidentais e orientais. O terceiro bioma, matas tropicais e estepe arborizada, é encontrada no Vale do Rift e planícies do leste. Já o quarto bioma é a vegetação estepe desértica, que abrange partes do Danakil Plain (planícies do norte e sul da Eritreia).

O clima da Etiópia é quente e úmido e considerado muito ameno. Nas áreas mais altas a temperatura fica na casa dos 17°C. Entretanto, nas planícies do oeste, leste e sul os termômetros chegam a registrar mais de 30°C.

Basicamente, há três estações na Etiópia. De setembro a fevereiro é a longa estação seca, seguida por uma curta estação chuvosa entre março e abril. Maio é um mês quente e seco, pois antecede a longa estação chuvosa, que ocorre entre junho e agosto. As temperaturas mais baixas são registradas, geralmente, em dezembro ou janeiro e as mais quentes em março, abril ou maio. No entanto, em muitas localidades julho apresenta as temperaturas mais baixas.

Fora do grande período chuvoso é indicado visitar o país porque as terras altas já estão bem verdes, com muitas flores e é possível fazer longas caminhadas para apreciar as paisagens.

A Etiópia é um país de enorme diversidade e isso resulta em 80 idiomas e mais de 200 dialetos. Amárico ou Amharigna é a língua oficial, embora o governo incentive o aprendizado das línguas locais nas escolas. Os idiomas de trabalho dos governos nacionais/regionais diferem de acordo com as regiões. Entre outras línguas principais estão: Oromigna e Tigrigna.

O inglês é o idioma mais usado em transações comerciais, em particular nas empresas bancárias e de seguros, além de ser o meio de instrução em instituições de ensino secundário e superior. O francês, italiano e árabe também são amplamente falados no país.

As grandes descobertas de fósseis colocam a Etiópia como a primeira morada da humanidade. O Vale de Awash, em Hadar, tornou-se conhecido por ser o sítio arqueológico onde, em 1974, foi encontrado o esqueleto do famoso australopiteco Lucy, com mais de 3,2 milhões de anos.

A pré-história se inicia com os antigos hominídeos de Australopithecus e se estende até os primeiros habitantes dos pré-Aksumites. Este último período também viu a chegada da linguagem afro-asiática Ge’ez (precursora das três principais línguas semíticas da Etiópia) e o judaísmo. A mais famosa relíquia desse momento é o impressionante templo de pedra de Yeha.

Na virada do primeiro milênio, o primeiro reinado etíope foi o Aksumite e sua capital situada em Aksum, foi pensada estrategicamente por ser uma importante rota comercial. Essa civilização era muito rica, avançada, bem organizada, foram os primeiros africanos a cunhar moedas, ergueram fascinantes monumentos (que podem ser visíveis até hoje em Aksum) e eram poderosos o suficiente para levar expedições militares para a região sul da Arábia. O reino viveu seu apogeu entre os séculos III e VI quando se tornou uma potência comercial regional, mas no século VII começou a declinar.

No século XII, a Dinastia Zagwe foi a próxima a governar e sua capital estava localizada em Adafa, próximo à Lalibela. Embora a Dinastia Zagwe, considerada usurpadora porque não mostrou sua descendência do Rei Salomão e a Rainha de Sabá, ela reinou entre os anos de 1137 e 1270 em algumas partes da região em que atualmente se situam a Etiópia e a Eritreia. Entre seus legados estão as surpreendentes igrejas escavadas na rocha de Lalibela. Este período viu a chegada do Cristianismo e os Nove Santos. Em 1270, a dinastia foi derrubada por Yekuno Amlak; o poder político foi deslocado para o sul para a província histórica da Shoa. Quando o Imperador Yekuno Amlak chegou ao poder, a dinastia salomônica (1270 a 1636) foi restabelecida porque Amlak declarou ser a descendência linear de Menelik I, filho do Rei Salomão e da rainha de Sabá.

No século XIV, as conquistas da Amda Seyon, um imperador cruel, aumentou o tamanho da Etiópia. Durante o século XVI, as expedições do líder muçulmano Ahmad Gragn dominam grande parte da Etiópia. Tudo começou quando ele ordenou acidademuçulmana deAdalnão pagaro tributoao imperadorcristãoda Etiópia e isso resultou em inúmeras batalhas, em 1535 ele já havia invadido as cidades Dewaro, Shewa, Amhara, Lasta e Tigray. Durante as guerrasentre muçulmanos e cristãos,o impérioe sua culturaquase foram dizimadas, a monarquiacristã foiquaseexterminada, e o estado muçulmano e antes poderosodeAdalestava em ruínas. Muitas dasmais belas igrejase mosteiros, junto com os seus preciososmanuscritos, relíquias da igreja eregalia, viraram cinzas.

Em 1636, seguindo a velha tradição de seus antepassados​​, o Imperador Fasiladas (conhecido também como Fasil Gemb) decidiu fundar uma nova capital: Gondar. No final do século XVII, Gondar era o centro do poder do país e ostentava festas suntuosas, palácios, igrejas, belos jardins e extensas plantações. Entre as construções, destaca-se a famosa igreja de Debre Berhan Selassie, que pode ser vista até hoje. Fora de Gondar, algumas igrejas notáveis ​​em mosteiros históricos do Lago Tana. Seu mercado próspero deu origem a ricos comerciantes muçulmanos em todo o país. A “Era dos Príncipes”, também chamada Zamana Masafent, foi um breve período da história da Etiópia e marcada por guerras contínuas de poder, que durou de 1769 a 1855. Uma figura notável deste período é o monástico evangelista Ewostatewos (Eustathius). A influência da monarquia Gondar começou a enfraquecer no início do século XVIII.

No século XVII, a maior parte da África ainda não era um ponto colonial. O maior inimigo da Etiópia foi o Egito, que havia se libertado do domínio otomano e buscava expansão para o sul. Os egípcios atacaram e terras foram confiscadas no norte da região de Tigray, mas intervenções francesas e britânicas ajudaram a diminuir as tentativas do Egito de expansão.

Após a queda de Gondar, Etiópia era apenas como um conjunto de feudos separados e rivais. Isso foi até meados do século XIX, quando o sonho de reunificação da Etiópia começou com as regras do Imperador Tewodros. Suas campanhas fracassaram, mas seu legado foi continuado por Yohannes IV, que venceu batalhas contra egípcios e transformou o seu exército na primeira força bem equipada na história etíope. Mas logo outro poder ameaçou: os italianos. A abertura do canal de Suez, em 1869, aumentou consideravelmente o valor estratégico do mar Vermelho, que mais uma vez tornou-se uma passagem para o Oriente.

Depois o sonho de reunificação e modernização da Etiópia continuou com Menelik II, Rei de Shoa, que derrotou os italianos em uma batalha decisiva em Adwa. Foi um das maiores e mais importantes batalhas da história africana – enumerada entre as poucas ocasiões em que um poder colonial foi derrotado por uma força nativa. Para o resto da África, a Etiópia tornou-se um modelo de independência em um continente quase totalmente escravizado pelo colonialismo. Menelik II deixou um legado muito importante para o país, ele abandonou a capital Shoan de Ankober e logo fundou Adis Abeba. Durante o seu reinado, eletricidade e telefones foram introduzidas, pontes, estradas, escolas e hospitais construídos, bancos e empresas industriais estabelecidas. A maior conquista tecnológica da época foi à construção da estrada de ferro da Etiópia, que ligava Adis Abeba para Djibouti.

Menelik II morreu em 1913 e o Príncipe Lij Iyasu, seu neto, assumiu o poder. Acusado pelos nobres de “renunciar a fé cristã”, o príncipe foi deposto em 1921 e a Imperatriz Zewditu, filha de Menelik, foi proclamada, e Ras Tafari (filho de Ras Makonnen, primo de Menelik) foi proclamado príncipe regente. Príncipe Ras Tafari foi reconhecido nocampo da política externa. Na tentativa de melhorar a imagem internacional do país, conseguiu abolir o comércio de escravos etíopes. Além disso, assegurou a entrada Etiópia na Liga das Nações. Em novembro de 1930, após a morte da imperatriz, Tafari foi coroado o Imperador Haile Selassie. Selassie indiretamente estabeleceu uma nova fé, a religião Rastafári. A primeira constituição escrita da Etiópia foi introduzida, foi concedido ao imperador poder absoluto e seu corpo foi mesmo declarado sagrado. Pela primeira vez, o Estado da Etiópia foi realmente unificado.

No começo do século XX, a Etiópia foi o único Estado na África sem disputa colonial. No entanto, sua posição geográfica entre as duas colônias italianas (Eritreia e Somália) era tentadora, qualquer tentativa italiana de vincular suas duas colônias exigiria a expansão para a Etiópia. Quando Mussolini tomou o poder, o inevitável aconteceu. A partir de 1933, em um esforço para minar o Estado etíope, agentes italianos foram enviados para subverter os chefes locais, bem como incitar tensões étnicas. Em 3 de outubro de 1935, a invasão começou e os italianos eram superiores em ambas as forças terrestres e aéreas e invadiram a Etiópia a partir da Eritreia. Primeiro, o norte da cidade de Aksum se rendeu e depois Mekele. Logo Etiópia, Eritreia e Somália foram unidas para se tornar o território colonial da África Oriental Italiana. A resistência etíope atingiu seu ápice em fevereiro de 1937. Em represália, os italianos mataram milhares de pessoas e agiam com muita brutalidade. “O movimento dos Patriotas” (os combatentes da resistência) estava organizado principalmente nas províncias históricas de Shoa, Gondar e Gojam, mas conseguiu o apoio de todas as partes do país, inclusive, muitos lutadores eram mulheres.

A Segunda Guerra Mundial mudou totalmente o curso dos acontecimentos. A Grã-Bretanha inverteu a sua política de apoio tácito de expansão do Leste Africano da Itália e inicialmente ofereceu assistência à Etiópia na fronteira com o Sudão. Mais tarde, no início de 1941, a Grã-Bretanha lançou três grandes ataques e conseguiram vencer os italianos e restaurar Haile Selassie para o seu trono. Os britânicos, que tinham entrado na Etiópia como libertadores, inicialmente pareciam ter simplesmente substituído a Itália como ocupantes. Foram tratados como anglo-etíopes em 1942, mas o ano de 1944 foi marcado como a retomada da independência da Etiópia e reconstrução do pós-guerra. Em 1952, Haile Selassie conseguiu uma federação com a Eritréia, cuja união foi dissolvida em 1962. Esta anexação desencadeou a Guerra de Independência da Eritreia. Ainda em 1952, Adis Abeba tornou-se a sede da Organização de União Africana (OUA). Em 1955, a Constituição etíope foi revista. Apesar de, pela primeira vez, o legislador incluiu uma Câmara eleita de deputados, o governo manteve-se autocrático e o imperador continuou com todo poder. Apesar da modernização, o desenvolvimento foi lento e a população começou a ficar descontente também com as regras autocráticas do imperador.

O reinado de Selassie chegou ao fim em 1974, quando uma junta militar marxista-lenista, a chamada Derg, liderada por Mengistu Haile Mariam, o depôs e estabeleceu um estado unipartidário. General Tafari Benti torna-se chefe de Estado e o Conselho de Administração Militar Provisória sob chefia do tenente-coronel Mariam tomou conta do país em 1977. De 1977 a 1991, este governo lutou contra a Eritreia, os rebeldes somalis, e seu próprio povo. No ano seguinte, Haile Selassie morre em circunstâncias misteriosas.

Em 1977, Benti morre e é substituído pelo coronel Mengistu Haile Mariam. Os anos seguintes foram um período conhecido como “Terror Vermelho”, comandado por Mengistu que matou milhares de opositores do governo. O partido TPLF (da sigla em inglês para Popular Tigrayan Liberation Front) lutava pela autonomia regional. Em 1977, a Somália invadiu a região de Ogaden da Etiópia e no ano seguinte as forças somalis foram derrotadas com a ajuda maciça da União Soviética e Cuba. Além disso, no inicio da década de 80 uma série de períodos de fome levou à morte de um milhão de etíopes. Em 1987, Mengistu foi eleito presidente sob uma nova constituição e apenas em 1988, a Etiópia e Somália assinaram um tratado de paz.

No início de 1991, o partido EPRDF (da sigla em inglês para Ethiopian People’s Revolutionary Democratic Front) forçou Mengistu a fugir do país. No mesmo ano, a Eritreia estabeleceu seu próprio governo provisório, na pendência de um referendo sobre a independência. Em 1993, um referendo foi feito e supervisionado pela missão das Nações Unidas e a maioria da população da Eritreia votou pela independência, que foi declarada em 24 de maio de 1993. A Constituição etíope de 1994 dividiu o país em nove regiões com base étnica, um ano depois Negasso Gidada torna-se presidente titular, em 1995, e Meles Zenawiassume cargo de primeiro-ministro. Já em 1998, a disputa da fronteira Etiópia-Eritreia culmina em confrontos armados. No ano seguinte, os confrontos da fronteira se transformam em uma guerra de grande escala. Girma Wolde-Giorgis foi presidente da Etiópia de 2001 a 2013, ele foi o segundo presidente desde a fundação da República Federal da Etiópia em 1995.

Em Abril de 2005, a primeira seção do obelisco Axum, saqueados pela Itália em 1937, foi devolvido para a Etiópia a partir de Roma. As eleições de maio de 2005 garantiu a volta do partido EPRDF e colocou Zenawi no poder como primeiro-ministro, mesmo se a oposição, mídia local e observadores internacionais apontavam para irregularidades nas eleições. Os resultados levaram a uma onda de protestos e mortes. Não bastasse a turbulência política interna, as relações com a Eritreia também esquentaram no final de 2005 e as tropas mais uma vez se organizaram ao longo da fronteira, mas, a tensão logo acalmou novamente.

Só em junho de 2000, Etiópia e Eritréia assinam um acordo de cessar-fogo. No entanto, dezenas de milhares de pessoas morreram nesse conflito e as negociações da demarcação da fronteira continuaram por alguns anos. Em Abril de 2002, a Etiópia e Eritréia aceitaram uma nova fronteira comum, elaborado por uma comissão independente, apesar de ambos os lados, em seguida, reivindicarem a cidade de Badme e as tensões entre os países permaneceram, mas sem violência.

Em maio de 2010, o partido EPRDF ganha à maioria nas eleições parlamentares e assegura um mandato de quatro anos à PM Meles Zenawi, que foi primeiro-ministro até 2012. A eleição presidencial realizada em 7 de outubro de 2013, foi a quarta eleição presidencial da República Federal Democrática da Etiópia para eleger o terceiro presidente do país. Mulatu Teshome foi eleito pelo parlamento para um mandato de seis anos e o atual primeiro-ministro é Hailemariam Desalegn.

A instabilidade sempre foi inimiga da Etiópia, os conflitos políticos, religiosos e étnicos, internos e externos com Somália e Eritréia contribuem ainda mais para o atraso econômico e são responsáveis pelo baixo Índice de Desenvolvimento Humano do país. O governo ainda investe muito em guerras e a infra estrutura do país continua precária.

A solicitação de visto pode ser obtida, com antecedência, na Embaixada da Etiópia no Brasil. Contudo, os cidadãos brasileiros podem obter o seu visto de turista ao chegar ao aeroporto de Adis Abeba, mediante pagamento de taxa e apresentação dos seguintes documentos:

  • Passaporte com mais de 6 meses de validade e três páginas em branco consecutivas;
  • Extrato bancário e/ou cartão de crédito;
  • Comprovante de reserva de hotel ou de qualquer outro lugar onde vai hospedar-se;
  • Passagem de ida e volta;
  • Apresentação do Certificado Internacional de Vacinação (ANVISA) com a vacina de febre amarela devidamente tomada, pelo menos com 10 dias de antecedência da viagem.

Aconselhamos entrar em contato com a Embaixada da Etiópia no Brasil antes da sua viagem para confirmação de todos os documentes vigentes.

 

Embaixada da República Democrática Federal da Etiópia

SHIS QI 7 conjunto 4 casa 9 – Lago Sul
CEP: 71.615-240 – Brasília / DF
Tel: (61) 3248-0361
Fax: (61) 3248-0367
E-mail: ethiobrazil@ethiopianembassy.org.br

Muitos parques nacionais da Etiópia permitem ao visitante desfrutar suas paisagens naturais e observar sua vida selvagem. Sem falar que oferecem ainda oportunidades para viagens de aventura. Há mais de 30 áreas preservadas, entre parques nacionais, reservas de vida selvagem e santuários no país. Também existem as áreas declaradas “zonas de caça controlada”, onde os turistas podem caçar animais selvagens em uma base sustentável e pagando um valor muito alto. Todas essas áreas de conservação somada às áreas prioritárias de florestas abrangem 14% do território etíope.

A biodiversidade da Etiópia é única, mesmo quando comparada com os seus famosos destinos de safáris vizinhos, como Quênia e Tanzânia. A diversidade de altitudes no país deu origem a uma variedade de áreas distintas ecologicamente, ajudando a estimular a evolução de espécies endêmicas por isolamento ecológico. Existem mais de 6 mil espécies de plantas, muitas ainda não descritas pela ciência, cerca de 860 espécies de aves (16 espécies endêmicas e dois gêneros endêmicos e 14 espécies endêmicas compartilhadas com a Eritreia) e 277 espécies de mamíferos, das quais 35 espécies endêmicas e seis gêneros endêmicos.

 As espécies endêmicas, que são apenas encontradas na Etiópia: o babuíno-gelada, único primata pastoreio do mundo; o antílope da montanha Nyala, que vive nas terras altas do norte; o lobo etíope que parece um coiote, tem pelo vermelho e branco e é um dos mais raros e ameaçados canídeos do mundo; Walia Ibex, um tipo de cabra selvagem que vive nos penhascos íngremes das montanhas; Swayne’s Hartebeest, uma espécie de antílope nativa e ameaçada de extinção; burro selvagem africano, adaptado para a vida no deserto, e ainda o Dibatag, um antílope das áreas desérticas do Ogaden.

Parque Nacional Omo é o maior do país, ocupando uma área de 4.068 km². É uma vasta extensão de savana e formação geomorfológica, ao lado do rio Omo, que flui para o sul no lago Turkana e é um dos mais ricos e menos visitados santuários da vida selvagem na África Oriental. Nesse parque, 306 espécies de aves foram identificadas, enquanto as grandes manadas de Eland (antílope), algumas de búfalos, elefantes, girafas, chitas, leões, leopardos, zebras podem ser facialmente avistadas pelos visitantes. O rio Omo é conhecido como um dos destinos mais clássicos de aventura no mundo, pois reúne corredeiras, inúmeros riachos ​​e cachoeiras, cânions e águas termais.

O Parque Nacional Mago está unido ao Parque Nacional Omo pelo Vale Omo, na fronteira com o Quênia. Juntos, esses dois parques protegem uma pequena, mas substancial população de elefantes, búfalos e leões e uma grande variedade de antílopes e primatas.

O Parque Nacional Netch Sar, localizado a 510 km ao sul de Adis Abeba, perto da cidade de Arba Minch, recebeu esse nome por causa da grama branca-creme que cobre a área do parque, nas planícies centrais. Ele oferece vistas espetaculares de lagos e abriga 37 espécies de mamíferos e 200 espécies de pássaros, sendo muitas delas endêmicas. Águas termais encontradas na parte oriental do parque e o “mercado de crocodilo“, localizado às margens noroeste do lago Chamo, são atrações a mais. É delimitado pelas Montanhas Amaro ao leste, ao norte pelo Lago Abaya, e ao sul pelo lago Chamo.

A cerca de 20 km a nordeste de Gondar está o Parque Nacional Montanhas Simien, que abrange 179 km² de área de montanhas em uma altitude média de 3.300 metros. As escarpas Simien, que são muitas vezes comparadas ao Grand Canyon, nos Estados Unidos, foram declaradas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Ras Dashen, o pico mais alto da Etiópia, fica ao lado do parque. As montanhas Simien, uma mesa maciça de rocha e dividida pela erosão, oferece fácil e imensamente gratificante caminhada ao longo da borda de um planalto que desce completamente formando as planícies. O parque é o habitat do babuíno-gelada e do Walia Ibex.

O Parque Nacional Montanhas Bale não é tão popular quanto o Parque Nacional Montanhas Simien, mas em muitos aspectos é o parque mais interessante. Chama atenção no parque o selvagem ecossistema “moorland”, que se caracteriza por terrenos altos, áridos e pedregulhosos; os lagos alpinos e fontes de água jorrando. As caminhadas são espetaculares e esse é o lugar para ver o lobo etíope.

O mais acessível é o Parque Nacional Awash, queestá a algumas horas de Adis Abeba de carro (cerca de 210 km a leste). O parque tem uma área de 756 km² e leva o nome do rio Awash, que marca a fronteira sul do parque. Protege muitos mamíferos e mais de 420 espécies de aves. Uma das principais características da área do parque é o vulcão Fentelle, na parte sul onde pode ser vista a cicatriz escura do último fluxo de lava de 1820. Outro atrativo são as piscinas termais de cor azul turquesa, no extremo norte do parque, onde os visitantes encontram algumas espécies de babuínos e podem ouvir leões à noite.

O país é muito mais do que o estereótipo de fome e pobreza, poucas pessoas no mundo conhecem realmente suas riquezas naturais, históricas, culturais e religiosas. Por isso, é um destino que deve ser explorado porque é um grande museu vivo, cheio de valor, porque lá é possível estudar como surgiu a vida humana, a evolução da espécie, como ela se desenvolveu culturalmente, os processos de formação da crosta terrestre e ainda o nascimento das civilizações.

O país oferece atrações culturais e espirituais para os visitantes, é uma oportunidade de conhecer toda riqueza histórica da Etiópia, suas cidades sagradas, as religiões cultuadas e seus rituais, tribos, monumentos, os mistérios e curiosidades relacionados à construção de igrejas, templos, ao declínio de algumas dinastias, por exemplo.

A Etiópia tem uma cultura marcada principalmente pelas religiões professadas pelos seus vários povos, por isso é conhecida como “Museu dos Povos”. O país permite contato harmonioso com tendências religiosas judaicas, cristãs e muçulmanas. A religião é na maioria das vezes a referência para a produção cultural.

As belezas naturais e paisagens são impressionantes, desde as montanhas de Simien até as terras mais baixas da Depressão de Danakil, considerado um dos pontos mais baixos e secos do mundo. Nos passeios aos diversos parques nacionais é possível conhecer diversos ecossistemas: desertos salinos, savana, densas florestas, montanhas, alpes africanos, cascatas, lagos. O país também é a casa de várias espécies animais endêmicos e ameaçados de extinção.

No Sul de Adis Abeba, a terra é dominada pelos lagos do Vale do Rift. O rio etíope mais famoso é o Nilo Azul (ou Abay), que percorre uma distância de 1.450 km da nascente no Lago Tana para se juntar ao Nilo Branco em Cartum, no Sudão. A maior parte da água do Rio Nilo tem origem na Etiópia. Os visitantes podem conhecer e as admirar as cataratas do Nilo Azul.

A Etiópia possui 8 lugares declarados como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, além de mais 2 sítios arqueológicos. O Vale do rio Awash é considerado o berço da humanidade, lá foram encontrados os fósseis dos primeiros humanos que habitarem a Terra. No vale do Omo também foram encontrados esqueletos de espécies de hominídeos há mais de três milhões de anos.

Tiya é o mais importante dos 160 sítios arqueológicos do sul do país com vários agrupamentos stelae, que são monólitos de granito que datam dos tempos pré-cristãos e decorados com gravuras simbólicas. Existem ainda muitos monumentos de uma cultura antiga etíope ainda não definida pelos estudiosos.

Há muitos lugares sagrados no país. Tigray, a região mais ao norte da Etiópia, tem mais de 120 igrejas escavadas na rocha. As mais famosas são Daniel Korkor, Debre Mariyam Korkor e Abreha We Atsbeha.

Em Lalibela, os turistas podem ver de perto suas 11 igrejas monolíticas – construídas no século XII, esculpidas na rocha de granito rosa e que foram classificadas como uma das maravilhas do mundo- além de um mosteiro e vários sepulcros talhados na montanha como esculturas.

Gondar é a cidade de castas, palácios e igrejas, definida como a Camelot Africana. O Lago Tana é pontilhado com mais de 36 ilhas, muitas das quais são os locais de mosteiros e igrejas. Essa cidade foi o centro do poder do país, no século XVII, e um dos destaques é a igreja de Debre Berhan Selassie.

Aksum foi um importante centro comercial e abrigou um dos reinos mais importantes do país. A cidade mantém preservada a Arca da Aliança em um santuário e ainda reúne igrejas e agrupamentos stelae, conhecidos comoobeliscos e historicamente foram utilizados para finalidades funerárias ou comemorativas. As ruínas do Império de Aksum foram consideradas Patrimônio da Cultural da Humanidade em 1980.

Adis Abeba é uma cidade moderna, agitada e cheia de contrastes. Ela abriga o Museu Etnológico, que oferece uma visão aprofundada sobre os povos etíopes; o Museu Nacional, conhecido por ser o melhor museu africano por preservar os fósseis de Lucy, um hominídeo com 3,2 milhões de anos. Também possui o maior mercado da África Oriental: o Mercato.

As tribos etíopes são fascinantes, exóticas, tanto pela forma de organização, pelos rituais, habilidades e principalmente pelo padrão estético e o conceito de beleza. As mulheres Hamer usam argolas de metal nos braços e pernas que jamais são retirados. Os surmaris e mursis usam elementos que retiram da própria natureza para se enfeitar, desde folhas, flores, frutos, cascas e raízes. A característica da mulher Mursi é a colocação de um adorno circular de madeira ou cerâmica no lábio inferior, além de usarem discos nos lóbulos das orelhas, pulseiras de metal e os cabelos raspados. Já o povo Karo é identificado por suas pinturas típicas e cicatrizes no dorso, acessórios e pinturas feitas com pedras caucáreas, pó de ferro e carvão.

Em geral, roupas de meia estação são mais apropriadas para um clima nem tão frio e nem tão quente. Prefira tecidos de algodão ou fibras naturais que previnem infecções por fungo. Sapatos esportivos são mais adequados. Nas regiões com altitude mais elevada (norte e centro) é indicado usar roupas de lã ou casaco mais pesado no final do dia e ao amanhecer. Os viajantes devem levar capa de chuva ou roupas impermeáveis, fáceis de secar, quando visitarem o país entre os meses de fevereiro e outubro.

Como prevenção, é importante levar na sua mala repelente de insetos, protetor solar, medicamentos que você costuma tomar para febre, gripe, dor de cabeça, diarréia, alergia. Outro item importante é um lenço ou bandana para proteger o nariz e a boca durante as viagens em carros abertos, tipo jipe, porque a poeira das estradas pode incomodar.

O transporte popular etíope se resume ao ônibus ou microônibus. Viagens de ônibus podem ser uma experiência social, mas na maioria das vezes é desgastante. Etiópia é um dos dois países na África que não aceitam passageiros em pé no corredor, essa prática é ilegal. Por isso, os ônibus não estão tão lotados, porém a maioria são muito antigos, quebram facilmente no meio do itinerário. As estradas são de terra batida e geralmente em más condições, por isso mesmo viagens curtas podem durar muito mais tempo. Linha eficiente de trem praticamente não existe.

A distância entre as regiões pode ser um grande desafio para os viajantes independentes, não é possível chegar a muitas áreas apenas com transporte público. Por isso, a recomendação é organizar a viagem com agências de turismo que podem oferecer mais opções confortáveis de logística e sua estada no país será mais proveitosa.

Quem decidir alugar um carro precisa saber que a Etiópia não reconhece carteiras de motorista internacionais por mais de sete dias. Por isso, quem vai permanecer por mais tempo no país precisa obter uma licença etíope, aprovada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Adis Abeba.

A malha aérea do país é muito boa, existem vôos regulares para as grandes cidades.

O Birr etíope (ETB) é a moeda oficial e uma das mais fortes da África. O birr está dividido em 100 centavos, existem moedas de 1, 5, 10, 25 e 50 centavos e as cédulas são de 1, 5, 10, 50 e ainda 100 birr. Carregue sempre dinheiro local para compras na cidade, especialmente nos mercados.

O Dólar americano é a moeda internacional mais fácil de ser trocada na Etiópia, embora o Euro e a Libra Esterlina estejam crescendo em popularidade nem todos os bancos irão aceitá-los. Apesar dos bancos trocarem mais dinheiro do que travellers cheques, as taxas para troca de travellers cheques são mais vantajosas.

O horário bancário é geralmente de segunda a sexta, das 8h às 16h, e aos sábados funcionam das 8h às 11h. Alguns bancos privados fecham por mais de uma hora durante o horário de almoço, mas a maioria deles trabalha sem interrupções no atendimento. No entanto, os serviços de câmbio são paralisados durante o horário de almoço (entre 12h e 13h).

Agências maiores do Banco Dashen em Adis Abeba, Bahir Dar, Gondar e Mekele têm ATMs que aceitam cartões Visa International. O serviço está se expandido para cidades regionais e para outros bancos também. Vale salientar que os cartões Mastercard, Solo, Cirrus ou Plus não funcionam em qualquer caixa eletrônico. Pagamentos com cartão de crédito estão muito restritos à Adis Abeba em agências de turismo,escritórios de companhias aéreas e grandes hotéis, mas que cobram normalmente uma taxa entre 3 e 5% pelo seu uso.

Um imposto de 15% sobre a circulação de mercadorias (VAT) é adicionado ao preço da maioria dos produtos e serviços na Etiópia.

Recomendamos adquirir um seguro de viagem internacional, que além de cobrir acidentes e tratamento médico, ofereçacobertura para bagagem, acidente e tratamento médico.

Há risco de Malária na Etiópia, por isso, recomendamos procurar seu médico antes da viagem e ele indicará medidas profiláticas adequadas. Sugerimos usar sempre repelentes de insetos na pele e spray, vestir calças e blusas de manga comprida ao entardecer e amanhecer, além do uso de mosqueteiro à noite.

O país também apresenta risco de febre amarela. O Certificado Internacional de Vacinação (ANVISA) com a vacina febre amarela devidamente tomada é imprescindível e ele deve ser apresentado no aeroporto, no embarque. A exigência é tomar a vacina até 10 dias antes da viagem por causa de possíveis reações adversas e exigências internacionais.

A vacinação contra a cólera também é necessária para qualquer turista que tenha visitado ou transitado em alguma área infectada de cólera no prazo de 6 dias antes da chegada a Etiópia. Recomendamos ainda estar em dia com as seguintes vacinas: febre tifóide, hepatite A, tétano e difteria, tríplice viral.

Etiópia tem diferença de seis horas a mais no fuso horário em relação ao Brasil.

A voltagem do país é 220 V, com frequência elétrica de 50 Hz.

Adis Abeba, situada entre 2.200-2.500 metros acima do nível do mar, é a terceira capital mais alta do mundo. Os visitantes podem sentir algum desconforto até se ajustarem à altitude, os sintomas podem incluir falta de ar, fadiga e insônia.

Em geral, a Etiópia é um destino tranquilo para turismo e Adis Abeba uma capital segura. Entretanto, as precauções normais de um viajante devem ser colocadas em prática: evitar áreas desconhecidas à noite e não carregar grandes somas de dinheiro nos bolsos. É aconselhável tomar cuidado com batedores de carteira que operam em certas áreas, especialmente grupos de crianças.

Em Adis Abeba, o acesso ao telefone, fax e internet é possível na maioria dos hotéis, no escritório principal da Autoridade de Telecomunicações da Etiópia e em centros privados de serviços de internet na cidade.

Shopping centers estão abertos de segunda à sexta-feira das 8h às 12h e 13h até mais tarde (são flexíveis). Alguns também funcionam no sábado. Existem supermercados e salões de beleza na capital que trabalham 24 horas.

Existem hospitais nas grandes cidades com médicos que falam inglês. Já nas áreas sem hospital, clínicas ou médicos, os farmacistas podem ser muito úteis e eles também falam inglês.

Os feriados etíopes estão mais concentrados entre os meses de março e maio. Portanto, fique atento porque além dos centros comerciais não funcionarem, os bancos também fecham as portas. Programe-se para trocar dinheiro ou traveller cheque com antecedência.

Os feriados estão associados aos festivais religiosos no país, com procissões e celebrações coloridas. Vale muito a pena se programar para conhecer de perto essas festividades, especialmente em Lalibela, Gondar e Axum.

Os viajantes devem ter cuidado ao visitar as áreas mais remotas do país, incluindo as fronteiras com a Eritreia, Somália, Quênia, Sudão e Sudão do Sul, e deve evitar viajar fora das grandes cidades nessas áreas de fronteira.

Prefira alimentos bem cozidos e servidos quentes. Evite frutas e vegetais quando você não tiver certeza como foram cortadas e lavadas.

Não beber água e nem escovar os dentes com água da torneira, recomendamos apenas uso de água mineral engarrafada para as duas situações.

Existe um provérbio na Etiópia muito famoso “Buna dabo naw“, que significa café é o nosso pão. A bebida favorita dos etíopes é chamada de “Bunna” (café). Bunna é bebido na Etiópia em uma maneira original e tradicional conhecida como a “cerimônia do café“. Primeiro, o café é torrado, moído, depois filtrado, colocado num Jebena (cafeteira) com água para ferver. Quando pronto, ele é servido para as pessoas em pequenos copos, até três vezes por cerimônia.

A cerimônia do café etíope é uma parte integrante da vida social e cultural do povo. Um convite para participar da cerimônia é considerado um sinal de amizade, respeito e é um excelente exemplo de hospitalidade. Realizar a cerimônia, que demora algumas horas, é quase obrigatória na presença de um visitante e em qualquer hora do dia. Mas, existem até ônibus do governo que realizam a cerimônia para os turistas, basta comprar o ticket.

Etiópia é considerada a terra de origem do café e por causa do seu aroma e qualidade é apreciado no mundo inteiro. Inclusive os grãos Arábica são o carro-chefe das exportações do país, eles são colhidos nos planaltos das regiões de Harrar, Ghimbi e Sidamo. Mais de 90% da população etíope vive nas áreas rurais e a base da economia é justamente a agricultura.

Outras bebidas produzidas localmente são Tella, a cerveja caseira do país, e Tej, um vinho feito com mel e bem popular. Ambos são produzidos com folhas de uma planta local chamada Gesho.

O prato nacional da Etiópia é chamado Wat. É um guisado picante acompanhado por injera (grande panqueca esponjosa tradicionalmente feita de farinha de teff e água). Existem muitas variedades de wat, por exemplo, de frango, carne bovina, cordeiro, legumes, lentilhas e ervilhas, eles são cozidos com tempero quente chamado berbere.

 Teff é grão exclusivo do país, cultivado em terras altas e sua farinha é isenta de glúten. Ele é um grão tão pequeno que para se obter um grama são necessários 3 mil grãos. É consumido tradicionalmente na Etiópia e Eritreia e seu nome botânico – Eragostis tef – significa “erva do amor”.

Os etíopes não usam talheres durante as refeições, o alimento é servido com as mãos. Muitas vezes as mulheres alimentam os homens com suas próprias mãos em sinal de respeito e zelo.

A nação também é o berço espiritual da religião Rastafári. Haile Selassie, que foi imperador da Etiópia entre 1930 e 1974, é considerado pelos membros do movimento religioso Rastafári a encarnação do messias na Terra. Mais do que religião, é Também considerado um estilo de vida, uma filosofia com muitos direcionamentos da Bíblia.

A Etiópia foi um dos primeiros países cristãos no mundo, o cristianismo foi adotado como religião oficial no século IV. O país ainda tem maioria cristã, que seguem a Igreja Ortodoxa Etíope. Os Cristãos Etíopes Ortodoxos de Tewahedo não comem carne e laticínios (ou seja, ovo, manteiga, leite e queijo) às quartas-feiras e sextas-feiras, exceto nos 50 dias antes de datas importantes do calendário. De acordo com crença, os fiéis devem abster-se de comer carne e laticínios para alcançar o perdão dos pecados cometidos durante o ano, e passam por um rigoroso programa de orações.

Um terço da população é muçulmana. A nação é o local da primeira Hégira na história islâmica e da mais antiga população muçulmana na África, em Negash. Segundo a tradição muçulmana, o profeta Maomé foi amamentado por uma mulher etíope. Mais tarde, o Hadith muçulmano (coleção de tradições sobre a vida de Maomé) relata que Mohammed enviou alguns de seus seguidores para Negash para evitar a perseguição na Arábia. Negash continua como um ponto de peregrinação importante para os muçulmanos da Etiópia.

Os judeus negros da Etiópia são conhecidos como falashas. Eles acreditam ser descendentes do Rei Salomão e da rainha de Sabá.

Não se sabe ainda quão antiga é a palavra Etiópia, cujo nome aparece na Bíblia em Gênesis, como o lugar onde Adão e Eva viveram. Também é citada em trechos da Ilíada e Odisseia. O uso mais antigo atestado na região é um nome cristianizado do Reino de Aksum no século IV, em escrituras de pedra do Rei Ezana.

Etiópia segue o calendário juliano, que consiste em 12 meses de 30 dias cada e um décimo terceiro mês de cinco ou seis dias.

Descobertas recentes no Quênia, em 1992 e 2001, passaram a “desafiar” Lucy em relação ao ancestral direto da humanidade, o que aumentou ainda mais a polêmica sobre a árvore evolutiva humana. O fato é que Lucy é um marco importante na História da Etiópia. Independentemente das controvérsias, hoje os paleoantropólogos consideram que a vida humana começou nesta região da África que engloba Etiópia, Quênia e Chade.



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